quinta-feira, 27 de agosto de 2009

As Cores da Criação

Interessante é o sistema de procura encetado pelo homem em sua incessante busca. Guia-se pelos seus sentidos físicos e se perde cada vez mais na busca. Cada vez mais analisa detalhes levado pelos enganos da visão e da audição. Os que procuramos a verdade, deveriamos atentar para o que nos pode dizer o fenômeno das cores. Diz a ciência, e pode prová-lo, que as cores são resultado da combinação de outras cores à exceção de algumas ditas primárias: o vermelho, o azul e o amarelo. Todas as demais são combinações destas. Quem se dedicar à pintura verá que o fato é verdadeiro. Entretanto aquele que se envolver na eletrônica verá não ser verdadeira essa afirmativa, já que nesse ramo da ciência as cores primárias são o vermelho, o verde e o azul. Da gradação dessas três cores surgem as demais eletronicamente. È a ciência desmentindo a ciência, cujo pecado foi tornar universal uma verdade relativa, resultado de quem se atém aos detalhes de um efeito secundário como o das cores. Sim, porque a cor é secundária no fenômeno do aspecto vibratório. As vibrações, essas sim determinam segundo nossa capacidade perceptiva a identificação de certos níveis vibratórios sob aspecto de cor. Como se processaria a percepção desses níveis vibratórios sob forma de cor? Especulemos. Que percebemos as cores na natureza é fato. Que elas existam na realidade é suposição que podemos adiantar ser falsa. Que aconteceria com a natureza em termos de matiz se pudéssemos perceber as cores do espectro abaixo do infravermelho e acima do ultravioleta? Veríamos a matéria em seus componentes moleculares e atômicos, pelo menos.
Um corpo é visto exatamente pela cor que ele não tem, isto é, é visto pela cor refletida. Um objeto azul é percebido assim justamente por refletir o comprimento de ondas referente à cor azul do espectro eletromagnético absorvendo todos os demais. Dessa forma sua cor real é aquela resultante da absorção de todos os comprimentos de onda excetuados os da cor azul pela qual o distinguimos.
Assim, um objeto azul só é azul porque o vemos assim. Da mesma forma o que se nos mostra branco é negro em sua essência uma vez que reflete todas as freqüências vibratórias do espectro solar, parecendo-se-nos branco. O negro, por sua vez, ao absorver todos os níveis do espectro solar e se nos parecer negro, intrinsecamente será branco.
O que foi dito lança alguma claridade sobre o dilema daquele que se vê subitamente no plano astral e se surpreende com o reverso das coisas da natureza pois está livre das limitações físicas da visão. O branco é negro no íntimo e o negro é branco. O que fala de paz nem sempre é pacificador. Não existe guerra mais cruel do que a paz entre os homens. O verdadeiro quase sempre é falso.
A luz é o agente da cor. Sem luz não existem cores ou matizes de qualquer natureza. Um objeto se define perante a luz. Nas trevas não pode ser percebido embora tenha existência real. Se a cor fosse da natureza própria do objeto as trevas não seriam obstáculo para a manifestação de sua individualidade. Luz e trevas porém são abstrações da natureza humana. É preciso não se deixar levar pelas malhas da ilusão.
Um corpo se define ante os sentidos físicos do observador quando reflete os níveis vibratórios do espectro solar que não estão em ressonância com o seu sistema molecular. A absorção de tal energia não lhe altera comumente a organização por ser compensada pela reflexão. Se, no entanto, lhe for submetido um excesso absorsivo o equilíbrio procurará ser alcançado pelo aumento progressivo de movimentação das moléculas liberando certa energia percebida como calor. A absorção espectral pode transcender os limites estruturais da organização do corpo e nesse caso mudará de estado assumindo estabilidade sob outra forma. A forma é pois resultado da cor e a cor é resultado da luz. A luz não cria forma, mas revela-a. A forma, nós a criamos.
As cores da humanidade são o azul, o verde, o vermelho, o preto e o branco. Delas a primeira é a mais importante por definir a existência, mas a última deve ser o objetivo final de toda vida consciente por ser a síntese da vida.
O azul é o templo do Criador. Aí trabalham aluno e professor, ajudante e oficial, aprendiz e mestre. Os contrários aí devem estar firmemente unidos pelos dentes da orla em todos os quatro cantos do orbe como nós de uma mesma corda, e o iniciado sabe quantos.. O azul abriga todas as cores. O verde e o vermelho são agentes da transmutação do azul nas demais cores do espectro. O azul é o todo. As manifestações magnéticas puras se nos aparecem azul. No caminho da verdade o azul é a cor dominante seguindo-se-lhe o verde e o vermelho. Quem souber ouvir que ouça.
O verde é o resultado da primeira transmutação do azul ou o primeiro agente transmutador em ação. Sem ser azul, este contido naquele, que o contém sem o ser. Azul é o Pai. O verde a sua primeira manifestação. Na criação corresponde ao segundo elemento, o “mem” cabalístico.
Vermelho é vida. É fogo criador. O azul o alimenta, o verde o modera. Com eles completa a primariedade do mundo fenomenal. Da união desses três derivam todas as cores. Quando na procura da verdade o homem domina a região vermelha, estará de posse do segredo das cores da existência. Também é uma região perigosa. O Bem e o Mal aí se oferecem com a mesma intensidade, visto serem uma só e única verdade. Shiva e Vishinu a serviço da Criação.
É no domínio das cores que consiste o livre arbítrio do homem. Pode manipulá-las a seu bel prazer obtendo os mais diversos matizes, no entanto é preciso ter em mente a dualidade dos aspectos esotéricos e exotéricos da manipulação. Obter não significa misturar as cores ou refleti-las todas, correríamos o risco de nos tornarmos negros internamente, mas de absorvê-las na medida justa e perfeita. Refletir é mais fácil do que absorver, por isso o domínio do negro em que pese a aparência inversa e por isso também a sua colocação antes do branco. No caminho da verdade atinge-se o preto antes do branco. Sendo resultado da reflexão de todas as cores é natural que sua aparência seja branca para o mundo profano. Cumpre ao buscador não se deixar iludir pelas aparências e prosseguir na sua procura pelo branco verdadeiro, resultado da absorção de todas as cores. Nesse instante o buscador parecerá negro à humanidade se se mostrar com sua verdadeira face. Nesse estado CALAR é a máxima.
A VOZ DO POVO

Ernane Francisco Silva
Morador no K-11 de 1946 a 1972
Assessor Técnico na SEMTESP

No início era apenas um caminho. Carroças e cavalos o dividiam com imensa satisfação, no seu cotidiano de passos lentos e contínuos, no afã, os cavalos, do cumprimento das suas obrigações de animal: levar hortaliças pra feira, trazer, na volta, as compras da família. Tudo era muito simples. O ar primaveril e oxigenado doía as narinas de tão puro. Aí, alguém descobriu que concentrando os cavalos todos em um bloco chamado motor seria possível fazer-se tudo de maneira mais rápida e em maior volume. Os caminhos transformaram-se em ruas; o chão virou paralelepípedos. A tranqüilidade acabou. As novas máquinas eram bonitas mas barulhentas e muito velozes, nos seus 30 Km por hora. Um perigo para as pessoas nas ruas.

Os mais velhos reclamavam do que seria um absurdo trocar as carroças por essas coisas barulhentas e perigosas e com aquele cheiro horrível de gasolina. Agora as coisas aconteciam com maior rapidez. O paralelepípedo logo virou asfalto. As máquinas se aprimoraram. A velocidade aumentou. A mais lenta delas podia atingir os 120 km por hora. Seria necessário fazer alguma coisa para deter essa loucura. Pessoas já não podiam andar pelas ruas. As calçadas esburacadas ou inexistentes não ofereciam condições ao tráfego de pessoas, agora pedestres. Estavam literalmente abandonadas à própria sorte, vítimas de sua própria invenção, ao sabor do “progresso”.

Restava impor regras aos veículos limitando-lhes a velocidade, criando alternativas de movimentação e circulação, e surgiram as faixas simples, duplas, continuas, tracejadas, de pedestres, placas verticais, fixas, suspensas, sinais e ......... semáforos.
Semáforos para controlar o fluxo de veículos, geralmente em cruzamento de vias. Porém os mais antigos ainda continuavam a reclamar, agora com mais razão. Tinham saudades de outrora, quando a paz era a tônica no bairro. Seria mesmo preciso um semáforo naquele cruzamento? O técnico dizia que não: não havia volume de tráfego suficiente; O político dizia que sim: “as pessoas estão correndo risco de vida; vai esperar morrer alguém para colocar o semáforo? “A Voz do Povo é a Voz de Deus, que seja instalado o semáforo” , determinou o político principal. E assim foi feito.

Hoje o cruzamento semaforizado divide opiniões. Os renitentes defensores de sua existência calaram-se. Os prejudicados nas extensas filas de engarrafamentos bradam:”Abaixo o sinal!!...” Os pedestres aliviam: “Pelo menos podemos atravessar a rua”. O político sumiu, agora o problema é técnico, mas tem solução, sempre há solução, afinal a Voz do Povo é a Voz de Deus, lembram...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

... Cadê a Inspiração?
Gostaria de poder escrever alguma coisa hoje, qualquer coisa; algo que viesse do fundo d’alma e tocasse fundo no coração; mas as palavras teimam em fugir e saem desabaladas, perdidas a vagar no espaço, longe de mim, em louca correria, divididas em silábicas sombras, zombando de minha penúria no afã de acha-las; no fim já nem palavras são: na desenfreada correria quebraram-se e agora não são mais que letras soltas, um alfabeto itinerante cada vez mais distante. Pudesse junta-las e tentaria falar quem sabe do Amor, da Saudade, da Vida e mais; sem palavras, no entanto, é difícil falar sobre o que for; mas não existem palavras que possam descrever o sentimento de impotência em não poder usá-las ou que possam descrever o Amor, a Saudade ou definir a Vida e se não existem posso utilizar as que surgirem, mesmo invisíveis, na empresa do pobre acróstico quebrado e desejado:

Amor é apanágio universal para todo sentimento
Maior do que o maior dos corações
Ou maior do que o maior dos empreendimentos
Razão que sufoca as próprias razões...

Saudade é mais “consistente”, é ar e vento
Alimenta a presença na ausência do Amor
Une e revive laços sufocados pela distância
Devolve ao presente a presença do ausente
Ajuda na lida da lembrança da perdida infância
Define e elimina os parâmetros da dor
Extirpando assim qualquer sofrimento...

Vida, ah a Vida, qual relacionamento
Intenso tem com a Saudade e o Amor?
Diria, eufórico, sem medo de usar o bom senso
A Vida é Saudade em permanente louvor ...

Aceito sugestões para a última frase... conseqüência da fuga das palavras, que permanecem distantes...
Schicco

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A Origem da Matéria

O negativo é duplo em sua natureza (IOD, HE); traz dentro de si a união do positivo (HE) mais outro componente (IOD) que o modifica e o torna antagônico ao (HE) original, ou seja, HE VAV forma uma unidade (-) antepondo-se ao HE (+); a presença de IOD mantém a unidade dos elementos antagônicos em ação mútua na formação do universo; IOD é o catalisador que mantém e alimenta a união de HE VAV HE formando o “Supremo Criador do Universo” IOD HE VAV onde estão abrigadas todas as tendências; IOD HE VAV não é a Luz Maior, é um aspecto dela caracterizado pela trindade resultante de IOD, HE e VAV.. IOD, reflexo da LUZ se diferencia em HE e VAV formando o Criador dos Universos IodHeVav (JEHOVA).

Um elétron é pois formado de uma partícula positiva (HE) (pósitron) e outra partícula a ser descoberta pela ciência, correspondendo a VAV que atuando sobre o HE torna negativo o conjunto. É pois o elétron, duplo. IOD é a energia que o mantém na formação da matéria e o impede de voltar à Luz de onde proveio pela união com HE, o pósitron.

A união do pósitron com o elétron, sem a ação energética de IOD, resulta na destruição da matéria, e no retorno à Luz. Este é o primeiro estágio na formação da matéria primordial. Prosseguindo sua evolução no mundo material HE VAV se transmuta em CHESED partindo daí toda a evolução subseqüente.

HEVAV é pois um ponto de origem na formação do mundo material. Deste ponto negativo feminino provém a criação no mundo material por força da ação do HE positivo e do IOD divino.

A matéria – negativa; A energia – o espírito;

A Beleza – HeVav; A Força – He e a Sabedoria – IOD.

Gagliostro

NOTA: IOD, HE e VAV são elementos do alfabeto hebraico.

A teoria apresentada é inteiramente baseada em princípios cabalísticos.

IOD

HE HE VAV HE

Breve comentário sobre indagações pessoais de natureza existencial

Ao nascermos, a absorção de Aleph consubstancia a vida nesse plano concomitantemente com o ar nos pulmões promovendo alteração vital no sistema nascituro. A criança chora como chorará quando lhe faltar a chupeta ou a alimentação, mas este não deve ser considerado como um estado de infelicidade ou “sofrimento”. O Homem não está fadado a sofrer. Pode constituir para si uma vida de sofrimento ou de prazeres, nenhuma eterna ou permanente. Aos pais caberá o ponto de partida, a sociedade completará a obra. É relativamente simples: “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”.

“O que está em cima é como o que está embaixo”.

O grão de areia possui a mesma natureza e organização de um sistema solar, aí a beleza e a perfeição da Criação. Seria isto um mal? Por isto o Homem não está fadado a sofrer. A questão do sofrimento eterno é apanágio dos sistemas religiosos para a cultura do perdão divino, a imposição do pecado original como razões de sobrevivência da igreja com um aceno de vida eterna após a morte. A Terra seria então um Vale de Lágrimas. Seríamos todos cainitas, sistemas corrompidos desde a criação. Isto é terrível! É a própria negação do Criador! Um Ser de suprema bondade que cria criaturas fadadas ao sofrimento. Uma ignomínia, um contra-senso! Decididamente o Homem não está fadado a sofrer. O Homem está fadado às coisas boas da vida, à felicidade, ao bem comum em acordo com as leis do Universo. O sofrimento advém da transgressão dessas leis. O quanto foi conseguido nesse último milênio, após o desvencilhamento das amarras da religião? O quanto teríamos avançado não fora a interpretação errônea das lições do Calvário?

O conceito de bondade e maldade está no campo da dualidade. São conceitos complementares e co-existentes. Um é a ausência do outro como dia/noite, luz/trevas. O deus de suprema bondade é invenção cristã, originando assim um deus de suprema maldade, seu Antígono, copiando um sacerdote da antiga Pérsia, Zoroastro, quem primeiro separou o bem do mal em entidades distintas, Ormazd e Ahriman. Um homem não é essencialmente maldoso assim como não é essencialmente bondoso durante toda sua existência, logo, o justo é que ambos tenham o mesmo destino. As diferenças constituirão o que se convencionou chamar-se ajustes cármicos na roda da vida. Esta teoria da reencarnação parece mais justa e fornece muitas explicações que de outra forma pareceriam meros caprichos de deuses.

Os Puranas acenam com uma maravilhosa solução para o mistério: VISHNU, suprema bondade, e SHIVA, suprema maldade, coexistem e se completam na mesma trindade com BRAHMA, o dispensador da vida. Os três são um, o múltiplo criador. Inferno, céu, paraíso, limbo, podem ser considerados como níveis de auto-purificação da consciência humana. O homem é o único animal com livre arbítrio: pode escolher ou modificar o seu caminho. É a grande condição que o diferencia dos animais propriamente ditos. Por isso nos chamam racionais. Inferno e céu podem coexistir em um mesmo espaço diferenciados somente pelos níveis de vibração, como, por exemplo, a existência de ondas de matizes vibracionais diferentes (calor, FM, VHF, UHF, radio, ultra vermelho, infravermelho) numa mesma região do espaço sem que uma interfira com a outra. Nesse caso todas as formas de onda coexistem individualmente constituindo universos paralelos próprios. Nossos demônios habitam nosso próprio inferno, nossos anjos habitam nosso próprio céu. Podemos conhecê-los e optar.

QUESTÕES:

  • O QUE É A MORTE SENÃO UM RENASCIMENTO EM OUTRO PLANO?
  • POR QUE TEMEMOS A MORTE SE NÃO LHE CONHCEMOS A NATUREZA?
  • SE NÃO A CONHECEMOS COMO SABER QUANDO A ENCONTRARMOS?
  • QUEM MORRE, O EU VERDADEIRO OU O EU MATERIAL?

BIBLIOGRAFIA:

Os Puranas

A República

Krisnamurti

O Ponto de Mutação