Assomou-me uma súbita comparação entre os sistemas do globo planetário e do corpo humano atuais. A exploração de algumas semelhanças evidentes pode conduzir a inferências tais que as aprocheguem às raias do realismo fantástico. Destarte, considerando-se serem os homens filhos da Terra nada mais justo que o sistema que os rege seja idêntico na construção dos corpos, guardadas as proporções de tamanho e finalidade. A Terra possui os mesmos organismos que o homem porém aplicados a condições próprias de sua existência. De que serviriam ao globo pernas se não existem superfícies por onde andar? O mesmo se poderia dizer dos braços e de todos os demais órgãos agentes humanos dos cinco sentidos desenvolvidos. Nada disso é necessário ao corpo portador de um campo de força magnética responsável pelo movimento em todos os sentidos, expansões, contrações, tempo, velocidade, gravidade; O “quantum” de energia do globo terrestre é responsável por sua existência no sistema solar assim como o “quantum” de energia lunar é responsável por sua existência em órbita terrestre. Se essa energia diminuem gradualmente, por fugas externas ou por morte do corpo físico, a tendência do satélite é afastar-se em órbitas cada vez mais amplas, ou de aproximar-se, caso receba influxos energéticos.
A Terra é composta de 3/4 partes de liquido assim como o corpo humano, se bem que, na realidade a participação do liquido seja em maior porcentagem do que a aparente quando consideramos os vários estados líquidos por efeitos de temperaturas. Aliás, um ponto de atrito entre a ciência dita ortodoxa e as evidências naturais é constituída pelo fenômeno da temperatura ou seja, a manifestação física do aceleramento molecular, mudança de nível de vibração das moléculas de um corpo. Tais níveis de vibração são os responsáveis pelo estado físico dos corpos na Terra. Sólido, líquido, gasoso, etéreo, são níveis de vibração da matéria no mundo físico. A chave da mudança de estado está nos níveis de vibração molecular. Para se transformar um corpo no estado sólido para outro no estado etéreo basta elevar a freqüência de vibração de suas moléculas ao nível de vibração etérea. Há que se considerar, entretanto, o estado de pureza de tais corpos. Quanto mais elevado o nível de vibração mais perfeitos e puros são os corpos. Um corpo no estado líquido é mais puro que um corpo no estado sólido. Um corpo no estado gasoso é mais puro que um corpo no estado líquido. Um corpo etéreo é mais puro que os anteriores. Um retorno na escala vibratória pode não condensar as mesmas impurezas que antes e o resultado possui sempre grandes chances de não reproduzir o corpo original. Os que vêem sabem do que se trata. Pode ser esta a lei de formação dos corpos humanos. Aí, talvez, a razão de não haver dois corpos iguais sobre o planeta. O vidro liquefeito não reproduz bolas idênticas ao se solidificar, apesar da forma comum. São ínfimas as possibilidades de a Matriz Universal ter reproduzido dois globos idênticos. Também a Matriz Terrestre possui chances quase nulas de o fazer, tais a gama de variáveis no processo de retorno a estados vibratórios inferiores.
A Terra, como matriz de vida atual, contém em si os quatro estados da matéria e mais. São níveis de vibração superiores que constituem estudos atuais e futuros, invisíveis, porém, ao comum da humanidade. Não por qualquer lei exclusivista ou por divino preconceito ou ainda por conhecimentos místicos secretos de fraternidades ou ordens, mas simplesmente por limitações físicas do corpo humano atual. Quem alimente dúvidas quanto ao que foi dito acima que consulte à ciência tradicional o campo de freqüências visuais e auditivas que pode perceber o homem e se espante com sua insignificância. O homem apto pode perceber cerca de 1/23 do espectro eletromagnético. Acha real o pouco que percebe e fantástico ou inverossímil os 22/23 que não percebe. Todos esses estados vibratórios a Terra os possui e vive através deles.
Um incremento no nível vibratório molecular exige absorção de energia solar. Os estados físicos superiores são pois de elevada concentração de energia. A diminuição de freqüência vibratória molecular, analogamente, libera energia ou a transfere ao sistema que a contém. O relâmpago é o resultado da liberação de energia na passagem da água do estado gasoso das nuvens para o líquido das chuvas.
A matéria, no entanto, dificilmente se encontra no estado definitivamente sólido ou líquido ou gasoso mas sim em um grau de mistura de ambos com predominância de um deles e os naturais estados intermediários. Pode-se afirmar que um corpo na Terra é permeado por todos os níveis vibratórios presentes no globo mas contém e se constitui de alguns determinados que lhe caracterizam a existência como indivíduos ou coisas. Daí as diferenças entre minerais, vegetais, animais, humanos, anjos e deuses.
A teoria dos planos vibratórios nos permite ir mais além na exploração da vida no Universo. No Sistema Solar é improvável que exista vida física similar à da Terra. Nos globos além da Terra, na órbita solar, a teoria aponta para uma vida nunca além da mineral. Nos globos entre a Terra e o Sol, o plano de vibrações em estado crescente mostra existência de entidades superiores, anjos e deuses em Vênus, superdeuses em Mercúrio e o Demiurgo no Sol, fonte de toda energia física terrestre. No entanto, nem sempre as coisas foram assim. A onda de vida percorreu o sistema no sentido inverso ao daquele produzido por uma pedra lançada à superfície tranquila de um lago. O Universo está em expansão, a vida em contração. Doze são os globos por onde passaram, passam e passarão as ondas de vida. Nove conhecidos. Um por se mostrar. Dois incógnitos – um dos quais destruído - (Atlântida ou Judas?). A onda de vida caminha pois em direção ao sol em graus de vibração cada vez mais elevados. Nisto se baseia a evolução da humanidade: depuração do nível vibratório. Além daquele que vai se mostrar está o Adversário do Sol, no sentido de que representa o mais baixo grau de vibração do sistema solar. Se existe o Hades, é lá. Mas já foi berço de vida e homens o habitaram revestidos com seus invólucros característicos no inicio dos tempos conforme a vontade do Criador. A Terra também terá ocasião de ser um cadáver ambulante como o são Marte e Lua. Vênus então será o berço da vida física característica da época. A herança dessas vidas anteriores se espelha nas raças hoje produzidas na humanidade da Terra: O Vermelho de Marte, o Branco-soma da Lua, Júpiter – o grande Amarelo, Saturno – o planeta negro, Netuno – o Azul perdido. Saturno é de grande significância. A Lua também. Nenhum é mais importante que o Sol.
O Homem é pois uma síntese do sistema solar. Ao nascer rememora as fases anteriores de sua existência emergindo gradualmente delas. É mineral quando óvulo. Torna-se vegetal qundo implantado no útero materno. É animal aguático, peixe, réptil, humanóide e finalmente homem. Vive seguidamente nos meios mineral, liquido e gasoso. Uma dúvida se impõe: e se não terminasse no Ar a seguência? E se essa vida no ar (terceiro estado da matéria) fosse um estado tal qual os anteriores para, quem sabe, nacermos no quarto estado, o etéreo? A teoria da reencarnação encontraria abrigo nessas suposições A morte física não seria nada mais do que o nascimento etéreo, assim como a morte na água uterina corresponde ao nascimento no mundo do ar em que vivemos. São transições de estados físicos, por assim dizer.
As comparações entre o micro e o macrocosmos são indefinidas e prosseguem a níveis inéditos. Os vegetais na Terra são como os pêlos nos animais. Os pêlos são de composição diferente da do corpo que o suporta e cria e tem, entre outras, a função de protegê-lo. Os vegetais em relação à terra também. Nas regiões de maior desenvolvimento do corpo não há pêlos ou são bastante tênues. Infere-se daí que o cérebro humano está muito aquém de sua real capacidade de desenvolvimento. Os homens mais embrutecidos via de regra são os mais peludos, sem qualquer discriminação. O tato, entretanto, atingiu seu limite superior de desenvolvimento. (Quem tem pêlos nas palmas das mãos, na língua ou nas plantas dos pés?). É natural pois que nas regiões mais desenvolvidas do planeta não existam coberturas vegetais ou as existam em graus muito tênues.
Uma superfície sólida/líquida, quase pastosa, mas de forma firme e definida nem sólido nem líquida é sustentada por um esqueleto quase sólido que por sua vez abriga órgãos vitais ao corpo. A temperatura interna não é superior a 36 graus centígrados nem encima nem embaixo. Imaginar um magma terrestre fundido a temperaturas que tais é incorrer no mesmo erro do calórico em relação ao corpo humano na idade média. A ciência não aceita essa teoria porque não pode ser provada materialmente. Diz, no entanto, que a crosta terrestre está para a Terra como a casca está para a cebola. Imaginem uma cebola com miolo líquido à fusão e pólos congelados? O calor da Terra é devido à ação dos raios solares sobre a atmosfera. Por isso os pólos são frios e o equador quente. O que acontece quando se fornece determinado tipo de energia a uma porção de água? Tal energia aumenta o nível de vibração das moléculas da água que liberam calor por atrito. O mesmo ocorre com a atmosfera terrestre em presença dos raios solares. Retire a chama e a água pára de ferver. A chama é região de energia concentrada. É a região da transmutação do material ao divino em sua essência. E os vulcões? Obedecem às mesmas leis dos terremotos e tempestades. No corpo humano como reage o organismo a uma invasão de grupos celulares estranhos ao sistema? A ação dos glóbulos brancos isola o invasor e o destrói causando, em alguns casos, erupções através da pele, sob forma de material pútrido e de temperatura elevada em relação ao sistema. Toda destruição contém em si mesma uma criação. Nem por isso o interior do corpo humano é constituído daquela massa ejetada. A atividade vulcânica é testemunha loquaz da vida de um globo ou corpo que luta para manter o equilíbrio de seu sistema.