quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Após a morte…

Foi um sonho, mas parecia real; infinitos tubos vermelho alaranjados que terminavam em alguma área às vezes luzidia; cada tubo uma alma flutuante em direção ao topo reluzente num movimento suave e constante como fumaça a se expandir em consonância com algum som universal. No topo, vez em quando, um lampejar mais forte, como a permitir alguma ação, quiçá importante, pois ao realizá-la nos aproximamos mais do topo à medida que nos afastamos dos laçõs terrenos; dava para se ouvir lamentos e sussurros pedindo ajuda, uma informação que fosse talvez na curiosidade do que haveria “no outro lado”, mas a aproximação na direção da luz oblitera o sentido material e a comunicação pode se tornar impossivel.

Tive medo! Medo de me aproximar da luz e perder a comunicação com os que amo; mas como esquecer a maviosidade daquela luz e daquele som? Deve haver um propósito divino neste movimento de expansão constante da consciência a se fundir em uníssono com o som universal, um retorno às origens, e de maneira inexoravelmente aleatória, como o movimento do universo.

Não me foi dado ver ou sentir o propósito da vida material, aquele momento em que as vibrações universais se concentram em um novo ser, mas pelo menos entendi porque não se pode voltar da morte: é como se não houvesse morte, apenas um retorno ao Grande Movimento Universal, tal qual na lâmpada queimada quando a energia que acendia o filamento agora retorna aos polos do gerador; não dá para separar a energia do todo, a não ser através de uma nova lâmpada, uma nova vida.

2 comentários:

Edy Ribey disse...

Sossega aqui nesse mundo mesmo...

Simone disse...

Isso...sossega...vou cortar suas asinhas..rs.