quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Deus, A Planta e o Sol

A planta cresce em busca da luz do sol enquanto lhe restarem forças e não lhe for concluído o ciclo de formação física. Que aconteceria se ao nascer tivesse consciência de sua insignificância em relação ao sol? Ou se apercebesse da distância que os separa?

O homem é como uma planta em relação a Deus – seu sol. Nosso crescimento em busca da Luz deve ser permanente e constante. O conhecimento é vital para o nosso desenvolvimento universal. Qual planta, não temos conhecimento do Sol porém estamos imersos em sua luz e absorvemos dela as vibrações necessárias ao nosso desenvolvimento.

É necessário projetar-se em direção aos círculos máximos da Luz, em comunhão com as forças universais de onde viemos e para onde vamos. Essa comunhão nos aproximará da Luz Maior e nos trará outra compreensão da humanidade.

Todos vibramos em certa faixa de freqüência. Cabe-nos aprimorar essa vibração livrando-as dos ruídos indesejáveis tornando-a o mais pura possível. À purificação da freqüência vibratória não basta a simples imersão em círculos maiores de vibração externa. É preciso correção na fonte de vibração material – o corpo físico, pela utilização principalmente do grande filtro universal de purificação física – o amor, em todas as formas.

A prática constante do amor leva à condição necessária de evolução não só do corpo mas da alma principalmente em direção à Luz Maior. Não importa nossa pequenez ou inexistência perante o sol, seus rsios, sua luz. Somos constituídos de átomos em organização semelhante a do planeta que nos dá origem – a mãe Terra.

Por isso os antigos a chamavam Mãe Terra. Dela são moldados todos os seres. É a Grande Mãe. O espírito porem vem do sol. É o fogo que anima a matéria – Terra e Água, o duplo principio material. O individuo se completará porem com o sopro divino, o Ar universal insuflado por obra e graça do Supremo Arquiteto. Esse microcosmos, essa maravilha somos nós, perfeitos ao nascer. Cabe-nos cultivar essa perfeição no decorrer da vida.

COMO?

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Oito de Dezembro

Oito de Dezembro é dia de Nossa Senhora da Conceição. Nossa Senhora da Sagrada Concepção, a concepção do logos. Os celtas a referendavam como a mãe da Terra, a deusa lunar, a mãe de todos. O crescente a seus pés, numa das representações mais comuns. Era o mito lunar, mãe e origem do mito solar, o Cristos. Do seu ventre nasceria a luz do mundo, a redenção da Terra. E tal qual a serpente o fora pela deusa, o filho esmagaria a mãe sob sua cruz. A serpente, a mãe, o filho. A Terra, a Lua e o Sol. E o Céu que a todos contém. Urano, que devora os filhos recém nascidos, menos um, Júpiter, que lhe herdará o trono e a esposa, Gea, a Terra, mãe, mulher e irmã. O panteão Greco-romano é profícuo em imagens da criação, incompreensíveis para nossos padrões culturais modernos, mas eloqüentes em suas entrelinhas. O valor está naquilo que não foi dito mas insinuado. A imagem engana os olhos. Ninguém jamais verá nada completamente nessa dimensão. É preciso se estar no meio do cubo para que se possa ver simultaneamente suas arestas e cantos.

A beleza transmitida pelos rituais e crendices celtas não pode ser entendida à luz da modernidade. Quem vive sob a luz de sódio e de mercúrio se torna cego a luz da vela. O progresso tecnológico estende os limites físicos do homem e atrofia-lhe o espírito. O prato, o cálice, a lança, a espada. Paus, copas, ouro e espadas. O Tarot. As quatro forças que comandam a Terra. Poderia esse povo ser bárbaro? Ou hereje? Terra, água, fogo e ar. Os quatro elementos formadores da Terra, herdados da lua, a Deusa, a Mãe, transformada em Nossa Senhora da Concepção pelos “bárbaros”, esses sim, invasores, chamando-se a si próprios catequistas. Como não conseguiram extinguir a cultura nativa, herdaram-lhe os deuses e as festas ditas pagãs. Trocaram-lhes os nomes, adaptaram-nos a ídolos formatizados. A Deusa agora tinha forma humana palpável e visível. Um sacrilégio para aqueles que conheciam a natureza divina do não ser. Não há como personificar as forças divinas do universo. Não se pode limitar o ilimitado. Não se pode criar o incriado. Não se pode ver o invisível por estar além de todas as dimensões. É a própria origem das dimensões. O avatar disse, ninguém ouviu, nem os discípulos mais chegados. E em seu nome tentaram destruir o legado mais sublime dos criadores. Só tentaram, pois a verdade dorme no fundo da consciência lunar da Deusa. Nossa Senhora da Concepção, Iemanjá, rainha do mar. O berço da criação. O Grande Ventre. Origem de toda a vida terrestre.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Caráter

O senhor me ensinou que o caráter é o que nos distingue dos outros. É o modo como pensamos e agimos quando ninguém nos vê, quando temos certeza de que ninguém vai descobrir o que fizemos. É o que realmente somos, não o que os outros pensam que somos. O caráter não vem casualmente, leva tempo e paciência para desenvolver-se. Ele é conquistado pela experiência de sofrimento e tragédia, é construído pelo domínio sobre as fraquezas. Construímos o caráter quando dominamos uma paixão, um pensamento ou um desejo indesejável. Por mais insignificante que possa parecer, isso se torna outra marca em nosso caráter. O homem é literalmente o que pensa, e seu caráter é a soma de todos os seus pensamentos e sentimentos. O homem é o modelador de seu próprio caráter, que é feito ou desfeito por ele próprio. O caráter não pode ser confundido com a reputação. O caráter de um homem é a realidade dele próprio. Sua reputação é a opinião que os outros formaram sobre ele. As circunstâncias com as quais vivemos determinam nossa reputação, a verdade em que acreditamos determina nosso caráter. A reputação é o que acham que somos, o caráter é realmente o que somos....A reputação é o que temos quando chegamos a uma comunidade nova, o caráter é que temos quando vamos embora....A reputação é feita em um momento, o caráter é construído a vida inteira....A reputação nos torna rica ou pobre, o caráter nos torna feliz ou infeliz. A reputação é que os homens dizem de nós à beira da sepultura, o caráter é o que os anjos dizem de nós diante de Deus. É verdade que uma boa reputação é importante, mas ela só tem significado quando apoiada por um caráter igualmente bom. Um bom nome raramente é reconquistado. Quando o caráter vai embora, tudo vai embora, e uma das jóias mais ricas da vida fica perdida para sempre.

Obrigado meu pai, por nos deixar essa herança.....seu nome é CARÁTER

Beijos da filha que te admira e que te ama

Simone

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Zoroastro

Os iranianos tinham uma bela religião herdada do antigo período ariano, mais ou menos em 1000 AC. Ela teve inicio com um nômade chamado Zoroastro que era muito consciente do conflito do homem com a vida e meditou muito sobre isso. Tentou chegar à causa desse conflito e à maneira como ele poderia ser amenizado ou eliminado. Concluiu que tal conflito se reduzia a duas forças básicas constantemente em guerra: bons seres e atos de um lado e maus seres e atos do outro.

Zoroastro glorificou o bem, isto é, fez dele uma divindade – um ente divino chamado Mazda ou Ahura Mazda, literalmente significando Senhor de Sabedoria, que Zoroastro considerava Deus. Ahura Mazda tinha auxiliares que podemos comparar aos chamados anjos do cristianismo. O principal deles era Mithra, que representava a Luz espiritual. Em oposição a Ahura Mazda havia o poder ou a força do mal, também personificada, chamada Ahriman, que também simbolizava as trevas. Esta personificação do principio do mal se tornou mais tarde o satanás dos judeus e dos cristãos.

As escrituras sagradas do zoroastrismo são conhecidas como o Avesta, que consiste em vinte um livros. Somente um deles porem foi consideravelmente conservado – o Vendidad. Os demais livros estão combinados numa ordem litúrgica, ou seja arranjados para fins de ritual e culto.

Há grande diversidade na opinião acadêmica quanto à época em que viveu Zoroastro. Os gregos antigos diziam que ele vivera 5000 anos antes dos troianos ou seis mil antes de Platão. Estas datas remotas, segundo consta, são talvez uma interpretação errônea da tória de Zoroastro quanto às eras do mundo.

O Bundahish, do século nove A.D. e que é aparentemente fidedigno, situa o começo do ministério de Zoroastro em 258 anos antes de Alexandre, o Grande. Isto seria aproximadamente em 600 AC, mas existe duvida quanto a essa data.

Também não há concordância quanto aonde teria Zoroastro nascido. Uma fonte afirma que foi na vizinhança do Lago Urmis, em Azerbaijan. Uma outra aponta Rai, no nordeste da Media. Como profeta não foi honrado em seu próprio país. As mensagens e as revelações de Zoroastro foram rejeitadas pelo seu povo. Ele foi finalmente forçado a migra para Bactria onde teve mais sucesso e parece que daí suas doutrinas se difundiram para a Média e a Pérsia.

Zoroastro teve a sorte de contar com o apoio e a sanção de seus ensinamentos pelo rei Vishaspa, segundo consta dos Gathas. Contou ele também com outras aceitações de sua missão por parte do conselheiro Jaspa e de seu irmão Frashaostra. Zoroastro casou-se com Hvovi, filha de Frashaostra. Um dos primeiros devotos de Zoroastro foi seu primo Maidyoimangha, seguindo-se outros membros de sua família.

O progresso da nova seita foi lento. Houve a costumeira e típica reação psicológica a idéias novas e radicais, isto é, que diferem de velhos costumes e tradições. Primeiro houve indiferença às pregações e exposições de Zoroastro. Pouco a pouco sua capacidade de persuasão começou a vencer essas indiferenças e os seguidores dos conceitos tradicionais tornaram-se hostis a ele e lhe fizeram oposição. Vimos esse comportamento perpetuado ao longo da historia como na perseguição a Sócrates e a crucificação de Jesus e há muitos outros exemplos também no mundo cientifico.

É interessante observar que a oposição mais ativa a Zoroastro veio dos sacerdotes de outras seitas.

Como todo grande místico fundador de religião ou avatar, Zoroastro sentiu-se por vezes desanimado. Os escritos sagrados relatam que ele apresentou seu desanimo ao deus Ahura Mazda em suas meditações. Em essência fez ele a mesma pergunta que outros profetas e messias fizeram: “Se o Senhor realmente me incumbiu dessa missão e mensagem por que os homens não reconhecem a verdade?”. Amigos e patronos estavam começando a abandoná-lo e ele não sabia para que região deveria fugir.

Ao mesmo tempo, como místicos e fundadores de religiões posteriores, Zoroastro estava sujeito a tentações. Teve de suportar as lutas de suas paixões e seus desejos físicos de um lado e sua motivação espiritual de ouro. O livro sagrado do Avesta – Vendidad – fala fala destas tentações e que, segundo a Biblia, Jesus estava sujeito.

Também se diz que Zoroastro teve um nascimento miraculoso diferente da maneira normal de outros mortais nascerem. Isto, bem como várias obras miraculosas de Zoroastro, é narrado nos livros perdidos do Avesta e recontado em obras medievais.

O zoroastrismo, como todas as grandes religiões do mundo, também teve seus inimigos. Houve longas guerras entre os zoroastristas e reis descrentes. Neste particular também encontramos semelhança com os conflitos mencionados na Bíblia. Segundo historias que nos foram transmitidas, Zoroastro passou pela transição aos setenta e sete anos. Consta que ele foi assassinado por um feiticeiro ou sacerdote de uma das religiões mais antigas. É uma ironia que a própria religião seja às vezes culpada de todos os pecados e crimes que seus códigos morais condenam. Diz-se que Zoroastro foi morto quando efetuava um ritual num templo dedicado ao fogo conforme foi narrado por Shah-Nameh.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Verdade e Auto-conhecimento

O auto conhecimento é uma arma de dois gumes. Pode levar o homem àquele estado de humildade necessário ao progresso intelectual, mas pode conduzi-lo pelos caminhos da auto suficiência e pelo pseudo domínio das leis de sua natureza quase sempre em detrimento dos que o cercam. É, no entanto, uma necessidade premente. Ao homem deve lhe ser dado conhecer-se ao máximo permissível por seus limites culturais ou psicológicos. Este o problema: os limites da personalidade, essa formidável incógnita. Aí o campo em que deveriam agir as religiões com as facilidades que possuem por atuarem em nome do altíssimo, incógnita universalmente aceita por todos os povos em que pese as denominações. O conhecimento interior gradual oferece o deslindamento de uma gama de verdades até então privilégio de seitas ou sistemas, afasta da responsabilidade imediata de um deus antropomórfico uma série de atributos próprios da natureza humana como inveja, ciúmes, preconceitos, tolerância, fraternidade, amor. As religiões deviam ensinar que esses sentimentos são da origem da pessoa humana e que a ela cabe o sucesso do seu real emprego no mundo em prol da humanidade. Se atribuirmos a um deus um instante de ira estaremos lhe concedendo a própria negação de ser deus. Se atribuímos a um deus tribal ou grupal o incitamento à destruição de semelhantes é justa uma reação igual e contrária nem que seja em nome de outros deuses ou demônios, conforme o lado da contenda. A verdade tem gravitado em torno desses desvarios. É tão simples de ver que o mundo se recusa a vê-la. As coisas simples não impressionam. É como Sidarta à beira do rio, cansado da procura incessante: de repente ali estava maravilhosamente simples todo o anelo de seu árduo empreendimento. O objetivo da procura não está no detalhe mas no todo, Esta a verdade cotidianamente negada. Enquanto o homem estiver mergulhado nos detalhes de sua existência jamais poderá descobrir a magnificência de sua natureza global. Assim como ao coração e ao cérebro lhe são negadas existências individuais, ao homem não lhe será permitido desenvolvimento excludente simplesmente por ser ele órgão de um só e grande organismo, a humanidade. No entanto, céu e terra passarão antes que lhe seja dado ao homem conhecer-se. Essa a lei que parece estar escrita pela humanidade.

“Uma ventania não dura toda a manhã. Um aguaceiro não dura todo o dia. Quem os produz? O céu e a terra. Se os fenômenos do céu e da terra não são duráveis como o seriam as ações humanas?”

Lao Tsé no Tao Te King sintetiza de forma admirável o livre arbítrio que preside as ações humanas. Nada há de definitivo e o que parece estar escrito pode muito bem só parecer. Ao homem unicamente compete a mudança das tormentas por que passa e a inexorabilidade da lei pode extinguir o furacão antes que se extinga o dia.

Para os que estão no fundo das trevas abissais, um raio de luz bem pode ser confundido com a verdade suprema. Para os que curtem fome e sede prolongadas uma gota d’água ou uma côdea de pão soem-lhes parecer uma dádiva divina. Em nenhum instante, aos necessitados lhes brotará à mente a relatividade dos acontecimentos ou a fortuidade das “dádivas”. Tudo é como deve ser desde que para a felicidade do homem. A verdade que se procura será reconhecida desde que favorável aos aspectos egoístas da humanidade. – “Procura-se uma verdade de acordo com a grandeza do homem. Gratifica-se bem.” – Provem daí a dificuldade em aceitá-la sob seus mais diversos matizes. Verdade, Felicidade, Deus e Amor são faces de um mesmo e único fenômeno. Deixaremos de procurá-lo quando os aceitarmos simples como são: instantes e eternidade. O mal maior da humanidade foi criar deus à sua imagem numa inversão sem precedentes. O homem, sempre dominado por um seu semelhante, ainda que em liberdade, procura um dominador supremo na figura de um criador de todas as coisas e não faz por menos, cria-o à sua imagem. Melhor fora se O imaginasse energia fundamental matriz e origem do Universo que tudo permeia. O mundo fenomenal nada mais seria do que aspectos vibratórios de determinadas gamas de freqüências. Estaríamos menos longe da verdade universal e menos afastados de nossa origem. Cumpre ao homem saber que nada é senão um simples reflexo da natureza divina a exemplo do que são o globo e o sistema e tudo o que neles exista. Movimento, movimento, eis o Universo.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Verdade, Verdade, Onde estás?

Verdade, Verdade, onde estás? – exclamava o buscador à sua sombra nas trevas da dúvida e da incerteza. O Sol interior do reto caminho ainda não o havia iluminado tornando-lhe impossível a descoberta ansiada.

Quantos já definiram Verdade de maneiras e sistemas sem fim e, no entanto, se queda cada vez mais indefinida! Parece cada vez mais verdadeira a grande relatividade da Verdade! O que existe é a verdade de cada um com alguma coincidência aqui ou ali. Os que não acreditam em coincidência podem substituir o vocábulo livremente, são apenas palavras e esse se mostra sobremaneira como um dos verdadeiros obstáculos à compreensão.

- O que é a Verdade?

Grandes pensadores escreveram grandes idéias a respeito do tema: as suas idéias. Nada mais do que isso. A erudição traz credibilidade. Ninguém mais crível do que aquele que traga em sua bagagem profissional um formidável currículo e antecedentes fabulosos. O homem vale pelo que foi. O futuro não importa. A pessoa humana e sua potencialidade não importam. O que se tenha para dar seja o que for não terá valor se não vier acompanhado de um passado de sucesso. Quantas oportunidades já não se perderam para a evolução da humanidade por não se acreditar em determinadas verdades então tidas como não? Por outro lado, quantas guerras, quantas calamidades, quantas injustiças, por se tomar como verdadeiras declarações e teorias vãs de Horbigers, Himmlers, Symms Teeds, Benders e outros que tais, além da deturpação intencional ou não das afirmações de Bulwer Lytton, Blavatsky, Tomás de Aquino, Maomé, Cristo e Buda! Em nome de uma Verdade aparente ou de uma Verdade localizada no tempo e no espaço sacrificam-se vidas, dizimam-se populações, exterminam-se raças e afinal descobre-se que a verdade pela qual lutaram não era tão verdadeira assim. Uma verdade sucede a outra. O Real é uma sucessão de Verdades. Uma Verdade se materializa através do homem. Ele é o arquiteto, meio e fim de suas verdades.

Uma verdade é como um instantâneo de um objeto que passa. O fotógrafo, seu enunciador, fixa-lhe as características evidentes, forma, cor, posição e identifica o meio que a cerca, mas pouco ou nada poderá dizer acerca da origem ou destino do objeto, principalmente se se tratar de algo jamais visto. Apresentada ao mundo a foto este se encarregará de tecer origens fantásticas e destinos fabulosos ao objeto que nada mais fez senão passar. Multidões se ergueram contra, outros se levantarão a favor e pegarão em armas e se dizimarão em nome da Verdade, da sua Verdade, de uma Verdade da qual nem sequer suspeitam. Tem sido assim através dos tempos e continuará a sê-lo. A igreja cristã, dita protestante, censura o mundo à sua volta, condena os seus irmãos da igreja cristã dita católica, incita seus adeptos a desprezarem as mais evidentes conquistas da humanidade, alça-se a si própria a um céu utópico em nome de um deus utópico, reflexo dos senhores feudais da idade média, ao mesmo tempo em que lança às profundas dos infernos todos os que se não seguirem os passos, tudo em nome de Cristo, e ele somente disse “Amai-vos uns aos outros”.

Não existe sobre a Terra flagelo maior do que um líder religioso fanatizado por suas verdades. Todos os desencontros da humanidade são de fundo religioso. É curioso como a palavra cuja etimologia deveria significar religar, reunir consegue separar tanto! A guerra por si só é uma incoerência mas a guerra religiosa é um descalabro, um despropósito. Como matar em nome de Deus? Qual deus prega a morte às suas criaturas? Tudo fruto de uma interpretação fanática de uma verdade aparente, de um instantâneo...

A verdade não se define porque ela própria é indefinível. É um conceito criado pelo homem para se antepor ou completar o de mentira ou de negação. No campo semântico das realidades terrenas tudo vai bem. O termo se adapta às concepções dos contrários: sim/não, preto/branco, positivo/negativo, dia/noite, luz/trevas, verdade/mentira. Quando, no entanto, se imerge no recôndito do microcosmos ou se aventura no inimaginável macrocosmos os desencontros vêm à tona. A consciência de si próprio leva a esse paradoxo o homem: nada sabe aquém de si ou além da Terra. Conhecer-se a si próprio, eis a grande e urgente meta!

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O que está encima é como o que está embaixo 3

Os compêndios da Física tradicional mostram que o modelo atômico aceito pela ciência para a demonstração da existência do átomo ainda é o de Rutherford/Bohr com alguns adendos teóricos quanto a partículas e movimentos. Nese modelo os elétrons ocupam órbitas definidas em torno de um núcleo central responsável pela massa do sistema e possuidor da metade da energia total. A outra metade da energia do sistema cabe aos elétrons que compensam a falta de massa com generosa velocidade. Para que não haja um desastre energético urge que essas quantidades de energia sejam opostas de maneira que o sistema como um todo resulte neutro ou equilibrado. Às diferenças energéticas observáveis “sempre” na coroa desse modelo atômico cabe a responsabilidade da criação. Assim, um átomo combina-se com outro formando moléculas segundo necessite ou não completar os elétrons de sua última órbita para atingir o equilíbrio energético. Esse, no entanto, é o passo final da criação. O passo inicial seria aquele em que se determinou o desequilíbrio atômico material. Qual a força que faz com que surjam átomos desequilibrados? Tal força é do domínio do magnetismo.

Como a matéria tem sede de criação, ou, em outras palavras, como a criação é constante, a maioria dos átomos tem desestabilizado o seu equilíbrio energético, por nuances de ocorrências de variações na última órbita e ora capta, ora fornece elétrons de sua órbita periférica. Ás vezes os divide irmãmente com outros. A minoria, ditos nobres, são energeticamente estabilizados e recusam-se a criar, mesmo sendo ameaçados de serem despejados do Céu. Dos 103 elementos conhecidos, seis se recusam a criar. Na realidade o número total é de 12 grupos de 12 criadores ou seja 144: as doze tribos de Israel. Desses, sete se recusam a criar, o sétimo ainda incógnito, traz na sua coroa os números 2, 8, 18, 32, 32, 18 e 8 = 118 = 1 que somados aos dos seis já existentes resulta em 324 = 9 = 0, o número da besta, segundo o Apocalipse. Os que não criam possuem os números 2, 10, 18, 36, 54,86 e 118. Deles, o 36 é o 666. Do número total de elementos 26 não serão encontrados no mundo físico. Tudo isso está escrito pela ciência tradicional. Os que criam somam 6697 e são 111 no plano físico atual. A humanidade sequer imagina a energia que pode ser liberada com a desestabilização do átomo de Criptônio. O Criptônio é a matéria que pode destruir deuses.

Também os planetas ocupam órbitas definidas no sistema a que pertençam. As leis universais são imutáveis. Uma alteração nessas órbitas só poderá ser conseguida com o fornecimento de certa definida quantidade de energia ao globo. Nesse caso, conforme a polaridade do pacote de energia fornecido, o globo poderá assumir órbitas em níveis inferiores ou superiores ao existente. O fornecimento dessa energia necessária pode ocorrer de maneira mais simples do que se supõe. Basta uma aproximação correta, desses desestabilizadores itinerantes do universo – os cometas. São essas as partículas conhecidas no microcosmos como fótons e se diz resultar da mudança de nível de um elétron para nível energético inferior ao antes ocupado.

A ciência observará que os elétrons mais distantes do núcleo nem sempre são simples. Grande parte deles são múltiplos ou compostos apesar de materialmente quase nulos. O núcleo atômico revelará para o mundo espetaculares surpresas. Melhor seria o adiamento da descoberta dessas forças. Mas o que tiver de ser será. Será necessário uma hecatombe nuclear para que se possa dominar o campo magnético da matéria. Assim tem sido através dos tempos. Uma tentativa já foi realizada em evos anteriores e o quinto globo do sistema desapareceu restando como testemunho uma esteira de fragmentos em sua órbita. Os céus não mentem.

No átomo físico sete são os níveis de energia na matéria e os seus números já foram dados. No átomo universa dez são os níveis de energia seis dos quais tão próximos que facilmente poderiam ser considerados unos dois a dois, o que reduziria para sete os planos energéticos aparentes do universo solar. Seus números são os da criação. Aos cépticos a cabala.

E o homem como se comportará à luz dos arranjos físicos atômicos? Sendo o corpo físico composto de moléculas e essas de átomos, a lei última resulta a mesma em todo o universo. Entretanto, as criações do mundo fenomenal, como condensações de formas pensamentos de origem atômica, o fazem segundo agrupamentos chamados moleculares, resultado de afinidades magnéticas da matéria e se distribuem por estados de diferentes intensidades magnéticas do que resulta maior ou menor aproximação das unidades moleculares diminuindo assim o interstício ocupado pela matéria primeva ou divina em que está imerso todo o sistema. Em organizações de graus crescentes de complexidade esses grupos moleculares se reúnem em tecidos e órgãos unidos pelo espírito de vida, responsável pela manutenção da unidade do corpo, apesar de tão diferentes células. É essa força de espírito de vida a mantenedora da unidade física. Seu enfraquecimento causa doenças ao sistema. Uma supressão leva à desintegração dos grupos moleculares que sem o liame do impulso magnético de vida retornam às suas atividades atômicas originais. Nada há de terrível ou místico nisso. As leis da Natureza são simples, já o dissemos. A água torna-se água; a terra torna-se terra; o ar torna-se ar; o fogo é a essência do próprio espírito de vida; e o homem retorna ao pó de onde veio.

Ar, Água, Fogo e Terra: os quatro Arcanjos nos quatro cantos do mundo com suas poderosas trombetas. “E eu disse: o meu segredo para mim, o meu segredo para mim. Ai de mim: os prevaricadores prevaricam, e prevaricam com prevarificação própria de contumazes. Para tí que és habitantes da Terra, está reservado o susto, a cova, o laço.” (Isaías, 24/16)

nota: este trabalho é uma inspiração de Gagliostro no plano astral.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O que está encima é como o que está embaixo 2

O magnetismo é a força que está faltando à humanidade para seu pleno desenvolvimento. Dessa força descomunal apenas uma pequena porção é conhecida sob o nome de eletricidade, e com essa pequena mostra grandes já foram as conquistas humanas. O domínio do magnetismo permitirá o anulamento da força gravitacional que nada mais é do que uma das faces do magnetismo terrestre. Tempo e espaço sofrerão novos dimensionamentos com a compreensão e utilização do campo magnético da Terra. Uma nave impulsionada por campos magnéticos artificiais não conhecerá limites de direção ou velocidade. Ao observador comum lhe parecerá vê-lá desaparecer instantaneamente envolta em um halo algumas vezes coloridos. Ao tripulante, livre da ação gravitacional, será como se tivessem parados todos os relógios do universo. A força vital terrestre precisa do tempo para seu desenvolvimento, e a única forma de se anular o tempo é com a utilização de certas fórmulas magnéticas presentes na natureza, algumas conhecidas e formuladas por Einstein e ainda não resolvidas porque a hora não é a própria. Por isso o tempo medido hoje nada tem a ver com a verdadeira idade do universo. O homem se perde em considerações abstratas a respeito da idade da Terra, do sistema solar, de si próprio e até do Universo e como medida unitária emprega fatores criados por ele próprio que só têm valor de momento e tão somente nessa esfera terrestre. Toda energia especulativa humana deveria estar voltada para o estudo e aproveitamento do campo magnético da Terra. Aí está o futuro. Anulando-se controladamente a gravidade estará resolvido o problema do movimento e consequentemente o de energia ao mundo. Porém a solução não está em fórmulas matemáticas inextrincáveis. A perfeição não está no detalhe, mas no todo. O mergulho na procura e análise do detalhe faz olvidar a criação principal. Aquele que se dedica ao estudo de uma molécula de água doce jamais conhecerá o rio. Um mergulho na praia não faz o banhista conhecedor do mar. O Grande Arquiteto do Universo Geometriza e a Terra com tudo o que nela existe é uma projeção do Seu desejo. Nada é mais importante do que o conjunto.

O fenômeno citado, da pedra atirada à superfície de um lago tranquilo, é a chave das realizações universais. Considerando-se o espaço uma grande massa em estado descontinuo-homogêneo, um ponto em contração ou expansão provocará no espaço circundante o surgimento de uma frente de ondas similares às do lago, porém estado tridimensional. O Sol, em seus movimentos de contração e expansão, provoca o surgimento de inúmeras dessas frentes de onda das mais diversas características. As mais importantes para o Plano Material são as ondas que formam o campo magnético da Terra. A interação dos campos magnéticos dos globos é que determinam os movimentos e sentidos de rotação, translação e outros movimentos dos planetas em relação aos que lhe são próximos e em relação ao sol central do sistema. Ainda aqui podemos trazer o que foi dito dos astros para estabelecer paralelos na humanidade. Também os homens gravitam em torno de outros homens conforme o relacionamento magnético entre ambos. Uma atração diz-se positiva e constitui o amor em seus vários graus ou afinidades. Uma repulsão é dita negativa e pode ser englobada em vários matizes do ódio. O magnetismo humano não é aproveitado em suas potencialidades. O ovo áurico no qual é envolvido o homem possui faculdades de evitar o comum das doenças que afligem a humanidade, reparar partes do corpo físico, refletir as ondas prejudiciais ao individuais, além de permitir uma fácil identificação de caráter e personalidade bem como o estado de espírito de seu possuidor a uma simples verificação “visual” do seu matiz característico, por aqueles que têm olhos para ver.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O que está encima é como o que está embaixo

Assomou-me uma súbita comparação entre os sistemas do globo planetário e do corpo humano atuais. A exploração de algumas semelhanças evidentes pode conduzir a inferências tais que as aprocheguem às raias do realismo fantástico. Destarte, considerando-se serem os homens filhos da Terra nada mais justo que o sistema que os rege seja idêntico na construção dos corpos, guardadas as proporções de tamanho e finalidade. A Terra possui os mesmos organismos que o homem porém aplicados a condições próprias de sua existência. De que serviriam ao globo pernas se não existem superfícies por onde andar? O mesmo se poderia dizer dos braços e de todos os demais órgãos agentes humanos dos cinco sentidos desenvolvidos. Nada disso é necessário ao corpo portador de um campo de força magnética responsável pelo movimento em todos os sentidos, expansões, contrações, tempo, velocidade, gravidade; O “quantum” de energia do globo terrestre é responsável por sua existência no sistema solar assim como o “quantum” de energia lunar é responsável por sua existência em órbita terrestre. Se essa energia diminuem gradualmente, por fugas externas ou por morte do corpo físico, a tendência do satélite é afastar-se em órbitas cada vez mais amplas, ou de aproximar-se, caso receba influxos energéticos.

A Terra é composta de 3/4 partes de liquido assim como o corpo humano, se bem que, na realidade a participação do liquido seja em maior porcentagem do que a aparente quando consideramos os vários estados líquidos por efeitos de temperaturas. Aliás, um ponto de atrito entre a ciência dita ortodoxa e as evidências naturais é constituída pelo fenômeno da temperatura ou seja, a manifestação física do aceleramento molecular, mudança de nível de vibração das moléculas de um corpo. Tais níveis de vibração são os responsáveis pelo estado físico dos corpos na Terra. Sólido, líquido, gasoso, etéreo, são níveis de vibração da matéria no mundo físico. A chave da mudança de estado está nos níveis de vibração molecular. Para se transformar um corpo no estado sólido para outro no estado etéreo basta elevar a freqüência de vibração de suas moléculas ao nível de vibração etérea. Há que se considerar, entretanto, o estado de pureza de tais corpos. Quanto mais elevado o nível de vibração mais perfeitos e puros são os corpos. Um corpo no estado líquido é mais puro que um corpo no estado sólido. Um corpo no estado gasoso é mais puro que um corpo no estado líquido. Um corpo etéreo é mais puro que os anteriores. Um retorno na escala vibratória pode não condensar as mesmas impurezas que antes e o resultado possui sempre grandes chances de não reproduzir o corpo original. Os que vêem sabem do que se trata. Pode ser esta a lei de formação dos corpos humanos. Aí, talvez, a razão de não haver dois corpos iguais sobre o planeta. O vidro liquefeito não reproduz bolas idênticas ao se solidificar, apesar da forma comum. São ínfimas as possibilidades de a Matriz Universal ter reproduzido dois globos idênticos. Também a Matriz Terrestre possui chances quase nulas de o fazer, tais a gama de variáveis no processo de retorno a estados vibratórios inferiores.

A Terra, como matriz de vida atual, contém em si os quatro estados da matéria e mais. São níveis de vibração superiores que constituem estudos atuais e futuros, invisíveis, porém, ao comum da humanidade. Não por qualquer lei exclusivista ou por divino preconceito ou ainda por conhecimentos místicos secretos de fraternidades ou ordens, mas simplesmente por limitações físicas do corpo humano atual. Quem alimente dúvidas quanto ao que foi dito acima que consulte à ciência tradicional o campo de freqüências visuais e auditivas que pode perceber o homem e se espante com sua insignificância. O homem apto pode perceber cerca de 1/23 do espectro eletromagnético. Acha real o pouco que percebe e fantástico ou inverossímil os 22/23 que não percebe. Todos esses estados vibratórios a Terra os possui e vive através deles.

Um incremento no nível vibratório molecular exige absorção de energia solar. Os estados físicos superiores são pois de elevada concentração de energia. A diminuição de freqüência vibratória molecular, analogamente, libera energia ou a transfere ao sistema que a contém. O relâmpago é o resultado da liberação de energia na passagem da água do estado gasoso das nuvens para o líquido das chuvas.

A matéria, no entanto, dificilmente se encontra no estado definitivamente sólido ou líquido ou gasoso mas sim em um grau de mistura de ambos com predominância de um deles e os naturais estados intermediários. Pode-se afirmar que um corpo na Terra é permeado por todos os níveis vibratórios presentes no globo mas contém e se constitui de alguns determinados que lhe caracterizam a existência como indivíduos ou coisas. Daí as diferenças entre minerais, vegetais, animais, humanos, anjos e deuses.

A teoria dos planos vibratórios nos permite ir mais além na exploração da vida no Universo. No Sistema Solar é improvável que exista vida física similar à da Terra. Nos globos além da Terra, na órbita solar, a teoria aponta para uma vida nunca além da mineral. Nos globos entre a Terra e o Sol, o plano de vibrações em estado crescente mostra existência de entidades superiores, anjos e deuses em Vênus, superdeuses em Mercúrio e o Demiurgo no Sol, fonte de toda energia física terrestre. No entanto, nem sempre as coisas foram assim. A onda de vida percorreu o sistema no sentido inverso ao daquele produzido por uma pedra lançada à superfície tranquila de um lago. O Universo está em expansão, a vida em contração. Doze são os globos por onde passaram, passam e passarão as ondas de vida. Nove conhecidos. Um por se mostrar. Dois incógnitos – um dos quais destruído - (Atlântida ou Judas?). A onda de vida caminha pois em direção ao sol em graus de vibração cada vez mais elevados. Nisto se baseia a evolução da humanidade: depuração do nível vibratório. Além daquele que vai se mostrar está o Adversário do Sol, no sentido de que representa o mais baixo grau de vibração do sistema solar. Se existe o Hades, é lá. Mas já foi berço de vida e homens o habitaram revestidos com seus invólucros característicos no inicio dos tempos conforme a vontade do Criador. A Terra também terá ocasião de ser um cadáver ambulante como o são Marte e Lua. Vênus então será o berço da vida física característica da época. A herança dessas vidas anteriores se espelha nas raças hoje produzidas na humanidade da Terra: O Vermelho de Marte, o Branco-soma da Lua, Júpiter – o grande Amarelo, Saturno – o planeta negro, Netuno – o Azul perdido. Saturno é de grande significância. A Lua também. Nenhum é mais importante que o Sol.

O Homem é pois uma síntese do sistema solar. Ao nascer rememora as fases anteriores de sua existência emergindo gradualmente delas. É mineral quando óvulo. Torna-se vegetal qundo implantado no útero materno. É animal aguático, peixe, réptil, humanóide e finalmente homem. Vive seguidamente nos meios mineral, liquido e gasoso. Uma dúvida se impõe: e se não terminasse no Ar a seguência? E se essa vida no ar (terceiro estado da matéria) fosse um estado tal qual os anteriores para, quem sabe, nacermos no quarto estado, o etéreo? A teoria da reencarnação encontraria abrigo nessas suposições A morte física não seria nada mais do que o nascimento etéreo, assim como a morte na água uterina corresponde ao nascimento no mundo do ar em que vivemos. São transições de estados físicos, por assim dizer.

As comparações entre o micro e o macrocosmos são indefinidas e prosseguem a níveis inéditos. Os vegetais na Terra são como os pêlos nos animais. Os pêlos são de composição diferente da do corpo que o suporta e cria e tem, entre outras, a função de protegê-lo. Os vegetais em relação à terra também. Nas regiões de maior desenvolvimento do corpo não há pêlos ou são bastante tênues. Infere-se daí que o cérebro humano está muito aquém de sua real capacidade de desenvolvimento. Os homens mais embrutecidos via de regra são os mais peludos, sem qualquer discriminação. O tato, entretanto, atingiu seu limite superior de desenvolvimento. (Quem tem pêlos nas palmas das mãos, na língua ou nas plantas dos pés?). É natural pois que nas regiões mais desenvolvidas do planeta não existam coberturas vegetais ou as existam em graus muito tênues.

Uma superfície sólida/líquida, quase pastosa, mas de forma firme e definida nem sólido nem líquida é sustentada por um esqueleto quase sólido que por sua vez abriga órgãos vitais ao corpo. A temperatura interna não é superior a 36 graus centígrados nem encima nem embaixo. Imaginar um magma terrestre fundido a temperaturas que tais é incorrer no mesmo erro do calórico em relação ao corpo humano na idade média. A ciência não aceita essa teoria porque não pode ser provada materialmente. Diz, no entanto, que a crosta terrestre está para a Terra como a casca está para a cebola. Imaginem uma cebola com miolo líquido à fusão e pólos congelados? O calor da Terra é devido à ação dos raios solares sobre a atmosfera. Por isso os pólos são frios e o equador quente. O que acontece quando se fornece determinado tipo de energia a uma porção de água? Tal energia aumenta o nível de vibração das moléculas da água que liberam calor por atrito. O mesmo ocorre com a atmosfera terrestre em presença dos raios solares. Retire a chama e a água pára de ferver. A chama é região de energia concentrada. É a região da transmutação do material ao divino em sua essência. E os vulcões? Obedecem às mesmas leis dos terremotos e tempestades. No corpo humano como reage o organismo a uma invasão de grupos celulares estranhos ao sistema? A ação dos glóbulos brancos isola o invasor e o destrói causando, em alguns casos, erupções através da pele, sob forma de material pútrido e de temperatura elevada em relação ao sistema. Toda destruição contém em si mesma uma criação. Nem por isso o interior do corpo humano é constituído daquela massa ejetada. A atividade vulcânica é testemunha loquaz da vida de um globo ou corpo que luta para manter o equilíbrio de seu sistema.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O Princípio Cabalístico da Criação

- A Cabala é a ciência dos sábios, para uns, a ciência do Bem e do Mal, a ciência da Verdade Absoluta. Diversos estudiosos a têm enaltecido, esmaecido, idolatrado, desprezado e excomungado. Traz em seu bojo o fascínio do inconuto, como sói acontecer com as místicas coisas. O misticismo possui  em si essa auréola do divino desconhecido que o homem desde os primórdios aprende a temer. As coisas místicas não são facilmente explicáveis, por incoerentes parecerem muitas vezes com os princípios tradicionais. Os nossos sentidos só reconhecem como verdadeiros aqueles princípios e fatos palpáveis pelos sentidos materiais. Escapa-nos o divino, a origem, o fim, o tudo, algumas vezes por imposição hierática, por tradição, por quaisquer desses véus jogados à mente superior.

- Reportemos à remota era em que o homem começava sua vida social, motivado pela necessidade de sobreviver naquele hostil ambiente recém gelado de 40.000 anos A.C. mais ou menos à época em que a arte lhe assomava o espírito e deixava gravado nas paredes de suas cavernas rupestres cenas que testemunhavam o seu cotidiano ou simplesmente emolduravam poemas e cânticos aos heróis nascentes. Ora, o Sol, ao dia, a Lua, à noite, sempre exerciam grande fascínio sobre a humanidade desde então. Para o leigo observador, maior que o Sol é o Céu, que o abriga em seu seio bem com à Lua e às Estrelas. Quem sabe o Sol seria o Filho do Céu e o irmão da Lua? O Céu se afiguraria assim como o Pai maior daqueles fenômenos desconhecidos sabidamente poderosos.

Mas existem as coisas da Terra e as coisas do Mar, igualmente misteriosas, porém algumas atingíveis. Seria então o mundo fenomenal composto dos três elementos básicos Terra, Mar (Água) e Céu (Ar)? Sabidamente, alguma relação misteriosa existe entre ambos. Não sobrevivem por si só. Alguma indelével argamassa os une e promove um profundo intercâmbio. A Ignorância, o Medo, o Fanatismo, eternos “companheiros” do Homem se encarregam de criar um Panteão de Deuses menores intermediários do Bem e do Mal, entre o Criador e a Criatura. Por alguns históricos instantes sumerianos ou babilônios suprimiu-se o Criador pelos intermediários. O trovão, o vento, a tempestade, a seca, o dilúvio, o terremoto, o vulcão, a fortuna, a fome, toda manifestação da natureza, desconhecida para os homens de então era associada à ação de um deus particular antropomórfico. Mas o Sol sempre exerceu grande fascínio, eclipsando o Pai Maior, o Céu. O Filho é maior do que o Pai porque dispensa energia de vida às suas criaturas. Apolo sobrepujando Júpiter. É o Fogo da Criação, o Criador das coisas da Terra e do Mar; senão criador pelo menos mantenedor das coisas criadas. Um misto de Filho-Pai-Herói. A tríade da criação parece tornar-se Ar-Fogo-Água. Não matéria mas princípios primordiais. Toda criação pode resumir-se na ação conjunta dessa tríade que se tornou a síntese de todas as religiões sob qual nome adotarem ou quiserem os homens.

“No princípio era o Ar... Mas o Ar num esforço de suprema existência exalou de si o Fogo criador e se diferenciou na matéria primordial (água)...” – dando consistência a tudo que existe. Panteismo, dirão alguns, e através de uma bula (1919) ou decreto podem declarar blasfêmias quaisquer declarações que venham contestar os “princípios” ou dogmas existentes. “As coisas de Deus são imutáveis...” – dirão, tornando insolentemente divinas as suas (do homem) coisas criadas e cultivadas com o fim precípuo de subjugar e dominar os homens, na busca não da perfeição, mas do poder temporal. Porém não se mascara a Verdade. O principio trino da criação permanece inalterado na base de todo sistema religioso, ainda que esotericamente o mais das vezes, e este é o eterno principio cabalístico da Criação segundo organizado e desenvolvido nos mistérios judaicos antes mesmo dos egípcios, dos gregos, dos cretenses (ou atlantes, se preferirem). “Então são três princípios?” – Não. São três aspectos de um mesmo princípio universal:  é Brahma, Vishnu e Shiva – é Ra, Osairis e Isis – é a Luz, o Bem e o Mal – é o Pai, o Filho e o Espírito Santo – é o Supremo Arquiteto do Universo, enfim, na sua forma mais simples, pura e total. Não é Hiram, o Sol, que como Osíris, é morto para que possa renascer com todo esplendor. Não é Krishna, herói, filho de Brahma, nascido de virgem. É o Supremo Arquiteto do Universo, o Tetragramaton impronunciável dos iniciados. Não é um nem três, é o único em sua multiplicidade, por isso onipresente, onisciente, onipotente. Não é panteísmo. É o mais puro hálito da Verdade em sua face atual.

Diz a Cabala: “O Ar – o primeiro principio – emanou de si o Fogo e a Água – segundo e terceiro princípios”. O Fogo é o principio ativo da Luz. Não é a Luz, mas imanente e sempiterno. A Água é o principio passivo da Luz. É o principio da criação material. É + e – ao mesmo tempo. É Adam-Kadmon. O quaternário está presente no ternário através da duplicidade desse aspecto da Luz. É Sabedoria, Força e Beleza em união na criação do universo. A Sabedoria do Ar; a Fôrça do Fogo; a Beleza da Água na formação e constituição da Luz. A Luz vem do Oriente e se propaga no Ocidente sob a guarda dos pilares da Força estabelecida. O que há de blasfemo nisso? É tão simples a compreensão desse principio! Não há mistérios em tal simplicidade senão a insondabilidade do principio original que ultrapassa o nosso vão conhecimento. Por  que transformar verdade tão clara em figuras à nossa imagem e semelhança? Esta concepção antropomórfica sim, estará negada pelos mais tênues princípios cabalísticos.

Passam reis e sábios e opressores, mas permanecem para sempre à disposição do buscador as suas verdades sob o véu de Ísis sob a forma de símbolos. A Ordem é profícua nestes silentes e quão eloqüentes símbolos como se a preservar em seus templos e rituais toda a síntese apoteótica da humanidade pelos seus mistérios cabires, egípcios, caldeus, judeus, gregos, hindus, universais enfim. Cego é o que não quer ver a profusão de cores da Criação nos seus tons primários de Azul, Vermelho e Verde – se eletrônicas ou Azul, Vermelho e Amarelo – se materiais. Surdo aquele que não pode ouvir a silaba universal ecoando pelo universo fenomenal. Não é preciso ser sacerdote ou um iniciado. Consulte simplesmente uma escala de vibrações e sintam os sons que formam o universo, que governam nossas vidas, no bem e no mal, na alegria e na dor. Isto é ciência pura, é Física.

Todos os fenômenos materiais vibram com alguma intensidade na freqüência própria da Palavra Perdida. Não nos cabe procurá-la nesse emaranhado de sons que forma a humanidade. Cabe-nos, isso sim, enunciarmos cada fragmento da palavra no tom e freqüência corretos. É este o trabalho do Aprendiz na Pedra bruta; É este o trabalho do Companheiro na Pedra polida; É este o trabalho do Mestre na Câmara do Meio.. “Viemos aqui para submeter nossos caprichos, cavar masmorras aos déspotas e fazer novos progressos na humanidade” – Que missão mais sublime!

Aí  está, meus irmãos, o Principio Cabalístico da Criação, sem mistificações, sem os característicos termos judaicos originais, mas tão somente sua essência. A Cabala original não prescinde o alfabeto judeu. Cada letra está associada a um principio e seria necessário conhecer-se o alfabeto judeu e cada aspecto associado a cada uma das letras para que pudéssemos entender como o “Verbo se fez Deus e o Verbo era Deus”.

IOD, HE e VAV são as três letras associadas aos princípios aqui abordados. IOD é o primeiro principio – o Ar; HE é o segundo principio – o Fogo; mas o terceiro principio é duplo, é HEVAV, Istoé, diferenciado em HE e VAV. Estas três letras diferenciadas em quatro pela repetição do HE formam uma palavra impronunciável, o Tetragramatom, o IODHEVAVHE, o Jeová dos iniciados. O sublime está na percepção de que “IODHEVAVHE” não é a Luz, mas uma manifestação trina da Luz.

Os princípios da Cabala tradicional se completam ainda por mais sete aspectos que concluem a árvore sephirotal , compreendendo-se por sephirot cada um dos dez números cab alisticos fundamentais, os quais juntos às vinte e duas letras do alfabeto hebraico determinam a criação dos elementos conforme o Sepher Yetsira – O Livro da Criação. “As vinte e duas letras hebraicas e os dez sephirot são as trinta e duas sendas místicas com as quais Deus criou o Universo, através da combinação e da permuta”.

Os sete princípios seguintes se distribuem em dois grupos de três e mais um. O primeiro grupo é composto por HESSED, Tiferet e Din, ou seja, Graça, Beleza e Justiça, formam o mundo do sentimento... O outro ternário comporta NETSAH, IESOD e HOD, ou a Vitória, o fundamento e a majestade compondo o mundo da Natureza. O décimo dos sephirot é MALKUT, o mundo material. HESSED e NETSAH formam a coluna do Amor e da Misericórdia de Deus. DIN e HOD formam a coluna da Fôrça e da Justiça devina. TIFERET é o coração e o sentimento. IESOD é a base da vida e da eternidade, é descendência ou força criadora no Homem.

Eis rapidamente o que se pode dizer acerca de alguns aspectos da Cabala. Muito mais está à sombra da árvore do conhecimento. Faltam-nos meios para alcançarmos tão ditosa fruta. Simples são os caminhos da Verdade. Tão simples que muitas vezes enveredamos pelos caminhos da presunção e da empáfia na fanática obsessão do saber sem sequer nos darmos conta daquela humilde e estreita estrada alhures deixada como insignificante e que no entanto nos teria levado diretamente ao objetivo .

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Onde está o Vigário?

Onde está o vigário? Este presidio não tem Padre! Vigários, largai vossos templos, vossos escritórios e misturai-vos ao vosso rebanho! Houvesse um padre no presídio e muita tensão seria evitada. Onde está a Igreja dos necessitados? Aí é que se cede terreno às seitas aproveitadoras. Pelo menos elas trazem algum consolo ao infeliz aprisionado. Senhor vigário, onde está a opção pelos pobres de espírito? È no hospital, na favela, na cadeia e nas ruas que se pratica a religião cristã. São essas ovelhas perdidas em cada cela que precisam da palavra salvadora do Cristo Universal, no entanto, a igreja parece ocupar-se mais de colégios e emissoras de rádio ou de TV do que com o rebanho perdido. Preocupa-se mais com a sua própria sobrevivência em detrimento de sobrevivência da fé, e o destino só poderá ser um: o desaparecimento.
"Levantái-vos Vigários de Cristo,
Sus correi, sus voai à vitória
Desfraldando a Bandeira da Glória
O Pendão de Jesus Redentor..."
Tomai vossos paramentos, recuperai o tempo perdido! Vossas ovelhas negras, maltrapilhas e esfomeadas imploram vossa misericórdia! Onde estais? Nossos presidios invocam a vossa presença! O marginal é o mais importante filho de Deus, justamente por estar à margem do justo caminho. Precisa dos vossos esforços para a orientação de uma retomada possivel da fé em Deus, impossivel na fé dos homens que detêm a Lei. Somente o vosso trabalho poderá salvar muitos dos que aqui estão, perdidos e desesperados com o abandono a que estão submetidos pela sociedade, pela familia e pela religião. Acordai, ó sonolentos vigários!

(da obra "100 Dias no Inferno" - 11º Dia)

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

As Cores da Criação

Interessante é o sistema de procura encetado pelo homem em sua incessante busca. Guia-se pelos seus sentidos físicos e se perde cada vez mais na busca. Cada vez mais analisa detalhes levado pelos enganos da visão e da audição. Os que procuramos a verdade, deveriamos atentar para o que nos pode dizer o fenômeno das cores. Diz a ciência, e pode prová-lo, que as cores são resultado da combinação de outras cores à exceção de algumas ditas primárias: o vermelho, o azul e o amarelo. Todas as demais são combinações destas. Quem se dedicar à pintura verá que o fato é verdadeiro. Entretanto aquele que se envolver na eletrônica verá não ser verdadeira essa afirmativa, já que nesse ramo da ciência as cores primárias são o vermelho, o verde e o azul. Da gradação dessas três cores surgem as demais eletronicamente. È a ciência desmentindo a ciência, cujo pecado foi tornar universal uma verdade relativa, resultado de quem se atém aos detalhes de um efeito secundário como o das cores. Sim, porque a cor é secundária no fenômeno do aspecto vibratório. As vibrações, essas sim determinam segundo nossa capacidade perceptiva a identificação de certos níveis vibratórios sob aspecto de cor. Como se processaria a percepção desses níveis vibratórios sob forma de cor? Especulemos. Que percebemos as cores na natureza é fato. Que elas existam na realidade é suposição que podemos adiantar ser falsa. Que aconteceria com a natureza em termos de matiz se pudéssemos perceber as cores do espectro abaixo do infravermelho e acima do ultravioleta? Veríamos a matéria em seus componentes moleculares e atômicos, pelo menos.
Um corpo é visto exatamente pela cor que ele não tem, isto é, é visto pela cor refletida. Um objeto azul é percebido assim justamente por refletir o comprimento de ondas referente à cor azul do espectro eletromagnético absorvendo todos os demais. Dessa forma sua cor real é aquela resultante da absorção de todos os comprimentos de onda excetuados os da cor azul pela qual o distinguimos.
Assim, um objeto azul só é azul porque o vemos assim. Da mesma forma o que se nos mostra branco é negro em sua essência uma vez que reflete todas as freqüências vibratórias do espectro solar, parecendo-se-nos branco. O negro, por sua vez, ao absorver todos os níveis do espectro solar e se nos parecer negro, intrinsecamente será branco.
O que foi dito lança alguma claridade sobre o dilema daquele que se vê subitamente no plano astral e se surpreende com o reverso das coisas da natureza pois está livre das limitações físicas da visão. O branco é negro no íntimo e o negro é branco. O que fala de paz nem sempre é pacificador. Não existe guerra mais cruel do que a paz entre os homens. O verdadeiro quase sempre é falso.
A luz é o agente da cor. Sem luz não existem cores ou matizes de qualquer natureza. Um objeto se define perante a luz. Nas trevas não pode ser percebido embora tenha existência real. Se a cor fosse da natureza própria do objeto as trevas não seriam obstáculo para a manifestação de sua individualidade. Luz e trevas porém são abstrações da natureza humana. É preciso não se deixar levar pelas malhas da ilusão.
Um corpo se define ante os sentidos físicos do observador quando reflete os níveis vibratórios do espectro solar que não estão em ressonância com o seu sistema molecular. A absorção de tal energia não lhe altera comumente a organização por ser compensada pela reflexão. Se, no entanto, lhe for submetido um excesso absorsivo o equilíbrio procurará ser alcançado pelo aumento progressivo de movimentação das moléculas liberando certa energia percebida como calor. A absorção espectral pode transcender os limites estruturais da organização do corpo e nesse caso mudará de estado assumindo estabilidade sob outra forma. A forma é pois resultado da cor e a cor é resultado da luz. A luz não cria forma, mas revela-a. A forma, nós a criamos.
As cores da humanidade são o azul, o verde, o vermelho, o preto e o branco. Delas a primeira é a mais importante por definir a existência, mas a última deve ser o objetivo final de toda vida consciente por ser a síntese da vida.
O azul é o templo do Criador. Aí trabalham aluno e professor, ajudante e oficial, aprendiz e mestre. Os contrários aí devem estar firmemente unidos pelos dentes da orla em todos os quatro cantos do orbe como nós de uma mesma corda, e o iniciado sabe quantos.. O azul abriga todas as cores. O verde e o vermelho são agentes da transmutação do azul nas demais cores do espectro. O azul é o todo. As manifestações magnéticas puras se nos aparecem azul. No caminho da verdade o azul é a cor dominante seguindo-se-lhe o verde e o vermelho. Quem souber ouvir que ouça.
O verde é o resultado da primeira transmutação do azul ou o primeiro agente transmutador em ação. Sem ser azul, este contido naquele, que o contém sem o ser. Azul é o Pai. O verde a sua primeira manifestação. Na criação corresponde ao segundo elemento, o “mem” cabalístico.
Vermelho é vida. É fogo criador. O azul o alimenta, o verde o modera. Com eles completa a primariedade do mundo fenomenal. Da união desses três derivam todas as cores. Quando na procura da verdade o homem domina a região vermelha, estará de posse do segredo das cores da existência. Também é uma região perigosa. O Bem e o Mal aí se oferecem com a mesma intensidade, visto serem uma só e única verdade. Shiva e Vishinu a serviço da Criação.
É no domínio das cores que consiste o livre arbítrio do homem. Pode manipulá-las a seu bel prazer obtendo os mais diversos matizes, no entanto é preciso ter em mente a dualidade dos aspectos esotéricos e exotéricos da manipulação. Obter não significa misturar as cores ou refleti-las todas, correríamos o risco de nos tornarmos negros internamente, mas de absorvê-las na medida justa e perfeita. Refletir é mais fácil do que absorver, por isso o domínio do negro em que pese a aparência inversa e por isso também a sua colocação antes do branco. No caminho da verdade atinge-se o preto antes do branco. Sendo resultado da reflexão de todas as cores é natural que sua aparência seja branca para o mundo profano. Cumpre ao buscador não se deixar iludir pelas aparências e prosseguir na sua procura pelo branco verdadeiro, resultado da absorção de todas as cores. Nesse instante o buscador parecerá negro à humanidade se se mostrar com sua verdadeira face. Nesse estado CALAR é a máxima.
A VOZ DO POVO

Ernane Francisco Silva
Morador no K-11 de 1946 a 1972
Assessor Técnico na SEMTESP

No início era apenas um caminho. Carroças e cavalos o dividiam com imensa satisfação, no seu cotidiano de passos lentos e contínuos, no afã, os cavalos, do cumprimento das suas obrigações de animal: levar hortaliças pra feira, trazer, na volta, as compras da família. Tudo era muito simples. O ar primaveril e oxigenado doía as narinas de tão puro. Aí, alguém descobriu que concentrando os cavalos todos em um bloco chamado motor seria possível fazer-se tudo de maneira mais rápida e em maior volume. Os caminhos transformaram-se em ruas; o chão virou paralelepípedos. A tranqüilidade acabou. As novas máquinas eram bonitas mas barulhentas e muito velozes, nos seus 30 Km por hora. Um perigo para as pessoas nas ruas.

Os mais velhos reclamavam do que seria um absurdo trocar as carroças por essas coisas barulhentas e perigosas e com aquele cheiro horrível de gasolina. Agora as coisas aconteciam com maior rapidez. O paralelepípedo logo virou asfalto. As máquinas se aprimoraram. A velocidade aumentou. A mais lenta delas podia atingir os 120 km por hora. Seria necessário fazer alguma coisa para deter essa loucura. Pessoas já não podiam andar pelas ruas. As calçadas esburacadas ou inexistentes não ofereciam condições ao tráfego de pessoas, agora pedestres. Estavam literalmente abandonadas à própria sorte, vítimas de sua própria invenção, ao sabor do “progresso”.

Restava impor regras aos veículos limitando-lhes a velocidade, criando alternativas de movimentação e circulação, e surgiram as faixas simples, duplas, continuas, tracejadas, de pedestres, placas verticais, fixas, suspensas, sinais e ......... semáforos.
Semáforos para controlar o fluxo de veículos, geralmente em cruzamento de vias. Porém os mais antigos ainda continuavam a reclamar, agora com mais razão. Tinham saudades de outrora, quando a paz era a tônica no bairro. Seria mesmo preciso um semáforo naquele cruzamento? O técnico dizia que não: não havia volume de tráfego suficiente; O político dizia que sim: “as pessoas estão correndo risco de vida; vai esperar morrer alguém para colocar o semáforo? “A Voz do Povo é a Voz de Deus, que seja instalado o semáforo” , determinou o político principal. E assim foi feito.

Hoje o cruzamento semaforizado divide opiniões. Os renitentes defensores de sua existência calaram-se. Os prejudicados nas extensas filas de engarrafamentos bradam:”Abaixo o sinal!!...” Os pedestres aliviam: “Pelo menos podemos atravessar a rua”. O político sumiu, agora o problema é técnico, mas tem solução, sempre há solução, afinal a Voz do Povo é a Voz de Deus, lembram...

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

... Cadê a Inspiração?
Gostaria de poder escrever alguma coisa hoje, qualquer coisa; algo que viesse do fundo d’alma e tocasse fundo no coração; mas as palavras teimam em fugir e saem desabaladas, perdidas a vagar no espaço, longe de mim, em louca correria, divididas em silábicas sombras, zombando de minha penúria no afã de acha-las; no fim já nem palavras são: na desenfreada correria quebraram-se e agora não são mais que letras soltas, um alfabeto itinerante cada vez mais distante. Pudesse junta-las e tentaria falar quem sabe do Amor, da Saudade, da Vida e mais; sem palavras, no entanto, é difícil falar sobre o que for; mas não existem palavras que possam descrever o sentimento de impotência em não poder usá-las ou que possam descrever o Amor, a Saudade ou definir a Vida e se não existem posso utilizar as que surgirem, mesmo invisíveis, na empresa do pobre acróstico quebrado e desejado:

Amor é apanágio universal para todo sentimento
Maior do que o maior dos corações
Ou maior do que o maior dos empreendimentos
Razão que sufoca as próprias razões...

Saudade é mais “consistente”, é ar e vento
Alimenta a presença na ausência do Amor
Une e revive laços sufocados pela distância
Devolve ao presente a presença do ausente
Ajuda na lida da lembrança da perdida infância
Define e elimina os parâmetros da dor
Extirpando assim qualquer sofrimento...

Vida, ah a Vida, qual relacionamento
Intenso tem com a Saudade e o Amor?
Diria, eufórico, sem medo de usar o bom senso
A Vida é Saudade em permanente louvor ...

Aceito sugestões para a última frase... conseqüência da fuga das palavras, que permanecem distantes...
Schicco

terça-feira, 25 de agosto de 2009

A Origem da Matéria

O negativo é duplo em sua natureza (IOD, HE); traz dentro de si a união do positivo (HE) mais outro componente (IOD) que o modifica e o torna antagônico ao (HE) original, ou seja, HE VAV forma uma unidade (-) antepondo-se ao HE (+); a presença de IOD mantém a unidade dos elementos antagônicos em ação mútua na formação do universo; IOD é o catalisador que mantém e alimenta a união de HE VAV HE formando o “Supremo Criador do Universo” IOD HE VAV onde estão abrigadas todas as tendências; IOD HE VAV não é a Luz Maior, é um aspecto dela caracterizado pela trindade resultante de IOD, HE e VAV.. IOD, reflexo da LUZ se diferencia em HE e VAV formando o Criador dos Universos IodHeVav (JEHOVA).

Um elétron é pois formado de uma partícula positiva (HE) (pósitron) e outra partícula a ser descoberta pela ciência, correspondendo a VAV que atuando sobre o HE torna negativo o conjunto. É pois o elétron, duplo. IOD é a energia que o mantém na formação da matéria e o impede de voltar à Luz de onde proveio pela união com HE, o pósitron.

A união do pósitron com o elétron, sem a ação energética de IOD, resulta na destruição da matéria, e no retorno à Luz. Este é o primeiro estágio na formação da matéria primordial. Prosseguindo sua evolução no mundo material HE VAV se transmuta em CHESED partindo daí toda a evolução subseqüente.

HEVAV é pois um ponto de origem na formação do mundo material. Deste ponto negativo feminino provém a criação no mundo material por força da ação do HE positivo e do IOD divino.

A matéria – negativa; A energia – o espírito;

A Beleza – HeVav; A Força – He e a Sabedoria – IOD.

Gagliostro

NOTA: IOD, HE e VAV são elementos do alfabeto hebraico.

A teoria apresentada é inteiramente baseada em princípios cabalísticos.

IOD

HE HE VAV HE

Breve comentário sobre indagações pessoais de natureza existencial

Ao nascermos, a absorção de Aleph consubstancia a vida nesse plano concomitantemente com o ar nos pulmões promovendo alteração vital no sistema nascituro. A criança chora como chorará quando lhe faltar a chupeta ou a alimentação, mas este não deve ser considerado como um estado de infelicidade ou “sofrimento”. O Homem não está fadado a sofrer. Pode constituir para si uma vida de sofrimento ou de prazeres, nenhuma eterna ou permanente. Aos pais caberá o ponto de partida, a sociedade completará a obra. É relativamente simples: “Amai a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo”.

“O que está em cima é como o que está embaixo”.

O grão de areia possui a mesma natureza e organização de um sistema solar, aí a beleza e a perfeição da Criação. Seria isto um mal? Por isto o Homem não está fadado a sofrer. A questão do sofrimento eterno é apanágio dos sistemas religiosos para a cultura do perdão divino, a imposição do pecado original como razões de sobrevivência da igreja com um aceno de vida eterna após a morte. A Terra seria então um Vale de Lágrimas. Seríamos todos cainitas, sistemas corrompidos desde a criação. Isto é terrível! É a própria negação do Criador! Um Ser de suprema bondade que cria criaturas fadadas ao sofrimento. Uma ignomínia, um contra-senso! Decididamente o Homem não está fadado a sofrer. O Homem está fadado às coisas boas da vida, à felicidade, ao bem comum em acordo com as leis do Universo. O sofrimento advém da transgressão dessas leis. O quanto foi conseguido nesse último milênio, após o desvencilhamento das amarras da religião? O quanto teríamos avançado não fora a interpretação errônea das lições do Calvário?

O conceito de bondade e maldade está no campo da dualidade. São conceitos complementares e co-existentes. Um é a ausência do outro como dia/noite, luz/trevas. O deus de suprema bondade é invenção cristã, originando assim um deus de suprema maldade, seu Antígono, copiando um sacerdote da antiga Pérsia, Zoroastro, quem primeiro separou o bem do mal em entidades distintas, Ormazd e Ahriman. Um homem não é essencialmente maldoso assim como não é essencialmente bondoso durante toda sua existência, logo, o justo é que ambos tenham o mesmo destino. As diferenças constituirão o que se convencionou chamar-se ajustes cármicos na roda da vida. Esta teoria da reencarnação parece mais justa e fornece muitas explicações que de outra forma pareceriam meros caprichos de deuses.

Os Puranas acenam com uma maravilhosa solução para o mistério: VISHNU, suprema bondade, e SHIVA, suprema maldade, coexistem e se completam na mesma trindade com BRAHMA, o dispensador da vida. Os três são um, o múltiplo criador. Inferno, céu, paraíso, limbo, podem ser considerados como níveis de auto-purificação da consciência humana. O homem é o único animal com livre arbítrio: pode escolher ou modificar o seu caminho. É a grande condição que o diferencia dos animais propriamente ditos. Por isso nos chamam racionais. Inferno e céu podem coexistir em um mesmo espaço diferenciados somente pelos níveis de vibração, como, por exemplo, a existência de ondas de matizes vibracionais diferentes (calor, FM, VHF, UHF, radio, ultra vermelho, infravermelho) numa mesma região do espaço sem que uma interfira com a outra. Nesse caso todas as formas de onda coexistem individualmente constituindo universos paralelos próprios. Nossos demônios habitam nosso próprio inferno, nossos anjos habitam nosso próprio céu. Podemos conhecê-los e optar.

QUESTÕES:

  • O QUE É A MORTE SENÃO UM RENASCIMENTO EM OUTRO PLANO?
  • POR QUE TEMEMOS A MORTE SE NÃO LHE CONHCEMOS A NATUREZA?
  • SE NÃO A CONHECEMOS COMO SABER QUANDO A ENCONTRARMOS?
  • QUEM MORRE, O EU VERDADEIRO OU O EU MATERIAL?

BIBLIOGRAFIA:

Os Puranas

A República

Krisnamurti

O Ponto de Mutação